Hoje, 69 anos depois, muita coisa mudou, excepto pelo facto de que as mentiras permanecem vivas, assim como o inimigo e o fato de que ainda estamos aqui. Feridos, marginalizados, mas ainda de pé e lutando. Eles venceram a batalha, mas nós venceremos a guerra. Afinal de contas, já estamos mortos. Vivemos no tempo e combatemos na eternidade, encarnando o espírito da Revolução e da guerra perpétuas. Somos aqueles que jamais depuseram as armas. Somos os filhos de Dresden, as mulheres de Berlim e de Roma e os anônimos de Katyn. Somos os desaparecidos da Prússia Oriental e dos Sudetos, assim como aqueles que sucumbiram nos campos da morte americanos e durante o Plano Morgenthau. Somos os combatentes fuzilados, as crianças órfãs e as famílias arrasadas. Nós jamais esquecemos dos nossos mártires e daqueles que falhamos em proteger uma vez. Nós jamais perdoamos nossos inimigos pela sua carnificina e jamais esquecemos nosso dever como soldados, o nosso juramento de revelar a verdade ao mundo.
Não somos movidos pelo amor, mas pelo ódio. Não podemos amar esta ilusão, nem a condição deplorável à qual este mundo chegou, graças à vitória de nossos inimigos. Nós somos os gritos de justiça de cada inocente morto e oculto, somos a espada de cada soldado caído e o escudo de cada pátria ocupada. Nosso retorno é inevitável e certo. Assim como Dresden, Tel Aviv e Washington vão queimar nas chamas do inferno. Ofereceremos aos nossos mártires o sangue de nossos inimigos. Nós somos a vingança!
Victor
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