A concepção babélica da Humanidade, sem diferenciação de raças e de nações, é absurda e contra a natureza. A harmonia nunca resultou da uniformidade ou da monotonia, mas do ritmo e da variedade. Não se pode fazer música com uma só nota ou um quadro com uma só cor. A Natureza tem verdadeiro horror à monotonia. A Humanidade constituída sob a forma de uma cosmopolis ou babel de povos e raças confundidos numa multidão incaracterística e uniforme, seria uma coisa tão insuportável como ouvir uma orquestra ferindo sempre a mesma nota ou ver todo o nosso horizonte debaixo duma só cor. Seria o caos informe e insuportável.
Depois, é preciso frisar que a solidariedade social, como tudo, não vale tanto pela sua extensão como pela sua intensidade; a afeição e solidariedade enfraquece quando tem de se partilhar por muitos e reduz-se a nada quando se pretende estender igualmente a todo o mundo. Assim, os antigos Romanos, por exemplo, tinham muito mais solidariedade, coesão e bem estar moral enquanto estiveram contidos dentro dos seus limites naturais da Itália, do que depois de se estenderem pela Europa, Ásia e África. À medida que se dilatavam, os seus laços de solidariedade e coesão relaxavam-se, e por fim o Império Romano tornou-se uma multidão cosmopolita sem solidariedade alguma, em que Roma tinha mais inimigos do que amigos e por isso acabou por cair miseravelmente aos pedaços, como tem sucedido a todos os grandes impérios.
Todavia, há muita gente que, embora não negue a existência e influência social das raças, está sinceramente convencida de que todas as raças se devem confundir e todas as Pátrias desaparecer para bem da paz universal.
Esta concepção cosmopolita e babélica da Humanidade tem sido obra principalmente dos profetas, filósofos e agitadores judeus, o povo cosmopolita por excelência.
Mas israel, neste ponto, como em muitos outros, é como Frei Tomaz, prega e não faz, ou antes, faz exactamente o contrário. Prega aos outros o confusionismo das raças e a eliminação das fronteiras a bem da paz universal; mas, quanto a si, isola-se cada vez mais no seu velho nacionalismo exclusivista de povo eleito.
Combate e pretende destruir o espírito rácico e patriótico dos outros povos; mas afervora e leva até aos últimos extremos esse mesmo espírito rácico dentro da sua tribo, a ponto de referir como infamantes os cruzamentos com outros povos e de considerar decaídos ou irradiados todos aqueles que vão contrair matrimónio fora da sua grei.
Os judeus pretendem destruir as fronteiras e pátrias dos outros povos para que eles próprios tenham toda a liberdade de movimento e deslocação; mas não admitem de forma alguma que ingressem na sua tribo ou nação quaisquer elementos dos outros povos, aos quais chamam depreciativamente gentios.
israel finge arvorar-se em campeão da unificação da Humanidade e da abolição das fronteiras e das Pátrias; mas fá-lo unicamente por táctica política e não por amar sinceramente os outros povos e desejar confundir-se com eles. Se realmente os judeus amassem sinceramente toda a Humanidade e desejassem confundir-se com as outras nações, há muito que o teriam feito; mas, pelo contrário, a História não nos apresenta povo que tenha mostrado mais indomável resistência a confundir-se ou assimilar-se com os outros, apesar destes cidadãos cosmopolitas viverem perpetuamente na casa ou domicílio dos gentios.
A sua velha tragédia é devida unicamente a este facto.
Esta táctica dos judeus é fácil de compreender. Os judeus estão espalhados por todo o mundo e aspiram, segundo a promessa do seu deus e dos seus profetas, como se lê a cada passo na Bíblia, ao domínio ou império universal; e como não podem conseguir este desideratum pela força, visto constituirem uma insignificante minoria, esperam consegui-lo pela astúcia, convencendo pela propaganda os outros povos de que é indispensável demolir as barreiras e as Pátrias para se conseguir a unificação da Humanidade e a paz universal.
No dia em que as fronteiras e, portanto as nações desaparecerem, a plutocracia israelita, espalhada e organizada como está em todo o mundo, não tendo mais fronteiras nem Pátrias a embargar-lhe o passo e vivendo apenas no seio de população sem coesão nem espírito nacional, ficará dominando por completo sobre toda a Terra, como hoje já domina financeiramente.
Os povos europeus devem observar com olhos de ver esta táctica bifronte e maquiavélica da plutocracia internacional judaica, se quiserem assegurar a sua existência e liberdade, e evitar a maior parte das lutas e guerras em que se dilaceram estupidamente.
J. Andrade Saraiva «Perigos Que Ameaçam A Europa E A Raça Branca», 1932
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